Dívida bruta do Brasil sobe para 78,1% do PIB em setembro

Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) alcançou 78,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em setembro, registrando alta de 0,6 ponto percentual em relação a agosto, de acordo com o relatório “Estatísticas Fiscais” divulgado pelo Banco Central (BC) nesta sexta-feira (31).


O endividamento inclui governo federal, INSS e governos estaduais e municipais e, em valores absolutos, soma R$ 9,7 trilhões. Desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), quando a relação dívida-PIB era de 71,7%, houve um aumento acumulado de 6,4 pontos percentuais.

Motivos da alta da dívida

O crescimento da dívida em setembro foi influenciado principalmente por:

  • Juros nominais apropriados: +0,8 ponto percentual
  • Emissões líquidas de dívida: +0,3 ponto percentual
  • Efeito da valorização cambial: -0,1 ponto percentual
  • Variação do PIB nominal: -0,4 ponto percentual

No acumulado de 2025, a dívida bruta subiu 1,6 ponto percentual, puxada por: juros nominais (+6,6 p.p.), emissões líquidas de dívida (+0,1 p.p.), reconhecimento de dívidas (+0,2 p.p.), enquanto o crescimento do PIB nominal (-4,5 p.p.) e a valorização cambial (-0,6 p.p.) exerceram efeito contracionista.

Resultado fiscal do setor público

O relatório também revelou que o setor público consolidado — formado por União, estados, municípios e estatais — registrou déficit primário de R$ 17,5 bilhões em setembro. No acumulado de 12 meses, o saldo negativo chegou a R$ 33,2 bilhões.


Ao considerar os gastos com juros da dívida, o déficit nominal de setembro foi de R$ 102,2 bilhões, totalizando R$ 1,018 trilhão em 12 meses até setembro.

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