O dólar iniciou as negociações desta sexta-feira (27) em alta, alcançando R$ 6,21 nos primeiros minutos do pregão, com o mercado atento aos dados de inflação e emprego no Brasil, além dos cenários político e fiscal.
Às 09h05, a moeda norte-americana subia 0,46%, cotada a R$ 6,2058, e atingiu a máxima do dia a R$ 6,2108. Na véspera, o dólar registrou alta de 0,38%, fechando a R$ 6,1773. Com isso, acumulou ganhos de 1,74% na semana, 2,95% no mês e 27,30% no ano.
O Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial, teve alta de 0,34% em dezembro, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), abaixo da expectativa do mercado, que previa um aumento de 0,45%.
O IBGE também divulgou dados do mercado de trabalho. A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,1% no trimestre encerrado em novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, marcando o menor índice da série histórica desde o início da pesquisa, em 2012. No trimestre encerrado em outubro, a taxa era de 6,2%.
No cenário político, investidores acompanham o desdobramento de uma questão envolvendo a Câmara dos Deputados. Na madrugada desta sexta-feira, a Casa enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) informações solicitadas pelo ministro Flávio Dino sobre a legalidade das emendas indicadas pelas comissões parlamentares. Na segunda-feira (23), Dino suspendeu novamente o pagamento dessas emendas, alegando que as indicações não seguiam os novos critérios de transparência estabelecidos por decisões anteriores. Desde agosto, o STF vem impondo restrições ao pagamento dessas verbas, exigindo maior clareza no uso dos recursos.
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