Nesta segunda-feira (2/12), o dólar continuou sua trajetória de alta encerrando o dia com uma valorização de 1,13%, cotado a R$ 6,0685. A moeda americana atingiu a máxima de R$ 6,09 durante o pregão, marcando a quarta alta consecutiva e acumulando um crescimento de 21% nos últimos 12 meses.
Entre os fatores internos que contribuem para essa valorização, está a desconfiança do mercado em relação ao pacote fiscal proposto pelo governo federal, além de preocupações sobre a sustentabilidade da dívida pública brasileira. Analistas destacam incertezas sobre a aprovação do pacote no Congresso, com dúvidas sobre possíveis mudanças no texto.
Fatores externos também influenciam a alta do dólar. O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que impondrá uma tarifa de 100% sobre os países do BRICS caso tentem substituir o dólar em suas transações comerciais. O bloco, que inclui economias emergentes como Brasil, Índia e África do Sul, além de potências como China, teve suas relações comerciais impactadas pela ameaça, o que fortaleceu a moeda americana globalmente.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta segunda-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e líderes do Congresso para discutir a tramitação do pacote fiscal. Na última sexta-feira (29), os presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), garantiram agilidade na análise do plano fiscal, mas alertaram que a isenção do Imposto de Renda dependerá do equilíbrio das contas públicas.
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