Dólar recua após dados de inflação nos EUA e Ibovespa fecha semana quase estável

O dólar à vista fechou em leve baixa nesta sexta-feira (27), refletindo o alívio nos mercados globais após a divulgação de dados de inflação dos Estados Unidos em linha com as expectativas. A moeda norte-americana encerrou o dia com queda de 0,28%, cotada a R$ 5,4831. Na semana, acumulou desvalorização de 0,79% e, no ano, já recua 11,26%.


O recuo foi parcialmente compensado pela saída de dólares do país após o Congresso revogar, nesta semana, o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o que enfraqueceu a entrada de capital estrangeiro. Às 17h04, o contrato de dólar futuro para julho — o mais negociado na B3 — subia 0,06%, cotado a R$ 5,4865.

Já o Ibovespa teve leve baixa de 0,19% nesta sexta, fechando aos 136.850,90 pontos. Apesar da queda, o desempenho semanal do índice foi praticamente estável, com recuo de apenas 0,12%. No mês, o índice acumula perda de 0,06%.

A queda foi amenizada pelo desempenho positivo da mineradora Vale, impulsionada pela alta no preço do minério de ferro. O índice oscilou entre mínima de 136.468,56 pontos e máxima de 137.208,57 pontos. O volume financeiro negociado no pregão somava R$ 14,2 bilhões antes dos ajustes finais.

No exterior, o índice de preços de gastos com consumo (PCE, na sigla em inglês) dos EUA subiu 0,1% em maio, conforme esperado por analistas. O indicador é o principal termômetro da inflação usado pelo Federal Reserve para definir a política de juros do país. O dado reduziu temores de novas altas nas taxas e favoreceu a busca por ativos de maior risco, como o real e a bolsa brasileira.


No cenário doméstico, o IBGE divulgou os dados da Pnad Contínua, que mostraram uma queda na taxa de desemprego no país para 6,2% no trimestre encerrado em maio, ante 6,8% no trimestre anterior e 7,1% no mesmo período de 2024. O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a um novo recorde: 39,8 milhões. Especialistas avaliam que o mercado de trabalho segue aquecido.

Nos mercados globais, o anúncio de um novo acordo comercial entre Estados Unidos e China animou investidores. Segundo o secretário de Comércio americano, Howard Lutnick, a Casa Branca também está perto de fechar pactos semelhantes com outros dez parceiros antes de 9 de julho, prazo para a entrada em vigor de tarifas recíprocas.

A notícia impulsionou as bolsas europeias. O índice Stoxx 600 saltou 1,14%, encerrando duas semanas consecutivas de perdas. Em Londres, o FTSE 100 avançou 0,72%; em Frankfurt, o DAX subiu 1,62%; e em Paris, o CAC 40 disparou 1,78%.

Nos Estados Unidos, os índices operavam com ganhos moderados. Às 16h40, o S&P 500 subia 0,23%, o Nasdaq avançava 0,18% e o Dow Jones registrava alta mais expressiva, de 0,68%.

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