Dólar registra 12ª queda consecutiva e fecha em R$ 5,77

O dólar fechou nesta terça-feira (4) em R$ 5,77, marcando sua 12ª queda consecutiva, a maior sequência de desvalorização da moeda norte-americana em 20 anos. Esse é o menor valor registrado desde 19 de novembro de 2024. Durante o dia, o câmbio chegou a bater R$ 5,82, mas o valor mais baixo foi R$ 5,75.

A principal razão para essa queda é o recuo temporário do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em relação ao aumento das tarifas comerciais sobre produtos mexicanos, o que trouxe um alívio no mercado. A moeda dos EUA começou o dia em alta, chegando a R$ 5,90, mas uma reviravolta ocorreu após o anúncio de negociações comerciais entre Trump e a presidente do México, Claudia Sheinbaum.

A cotação mais baixa tem gerado reações positivas no cenário econômico brasileiro. A queda do dólar, em um contexto de alta nos preços dos alimentos, é vista como uma boa notícia, especialmente para a inflação. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comentou sobre os fatores que podem amenizar o impacto da inflação, destacando a desvalorização do dólar e uma possível safra agrícola forte como principais aliados nesse processo.

“Hoje, o dólar estava a R$ 6,10 e agora está em torno de R$ 5,80. Isso ajuda muito. Com a ação do Banco Central e do Ministério da Fazenda, essas variáveis macroeconômicas se acomodam em outro patamar e isso certamente vai favorecer a economia. Estou confiante que a safra deste ano será muito forte e isso também vai ajudar a reduzir o impacto da inflação”, afirmou Haddad.

Apesar da queda no dólar, o governo federal ainda não apresentou medidas diretas para combater a alta dos alimentos, que continua a afetar principalmente as famílias de baixa renda. A expectativa é de que a combinação de uma moeda mais baixa e uma safra promissora traga alívio à economia brasileira nos próximos meses.


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