O dólar fechou em alta de 0,74%, nesta sexta-feira (25/10), a R$ 5,70, o maior nível em dois meses. Foi o maior patamar da moeda americana desde 5 de agosto, quando fechou em R$ 5,74. A alta foi influenciada pelo cenário internacional e ainda na expectativa de investidores em relação ao quadro fiscal brasileiro.
O mercado seguiu repercutindo as recentes declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que voltou a defender o arcabouço fiscal. Ele garantiu que a inflação do país ficará dentro da meta para 2024. Também esteve no radar os últimos dados divulgados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial do país, e que subiu 0,54% em outubro. A alta foi puxada pelo forte avanço da energia elétrica residencial, que subiu 5,29% no mês.
No cenário externo, a corrida eleitoral norte-americana segue nos holofotes dos investidores. Hoje, a 11 dias da eleição presidencial dos Estados Unidos, os candidatos à Presidência, Kamala Harris e Donald Trump, estão empatados no cenário nacional, com 48% das intenções de voto. Os dados são de pesquisa divulgada pelo The New York Times/Siena College.
Já o Ibovespa encerrou em queda de 0,13%, aos 129.983 pontos. O destaque do dia ficou por conta das ações da Vale (VALE3), que avançaram 3,40%, a R$ 61,73, depois que se chegou a um acordo sobre a tragédia de Mariana (MG). O governo federal assinou hoje um processo de indenização relativo ao rompimento da barragem Fundão.
Ao todo, junto ao dinheiro a ser destinado a obras e reconstruções, deverão ser pagos R$ 132 bilhões de obrigações passadas e futuras com as vítimas e o meio ambiente. O pagamento caberá às empresas envolvidas na administração da barragem do Fundão. A Samarco liderava o empreendimento e ela é controlada pela Vale, e pela BHP Billiton, anglo-australiana.