No último domingo (19/4), o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, de 63 anos, morreu após a queda do helicóptero que o transportava. A agência de notícias estatal iraniana Isna (Iranian Students News Agency) confirmou a morte do líder, conforme anunciado pelas equipes de resgate no local do acidente.
As esperanças de encontrar sobreviventes foram aniquiladas após a chegada das equipes de resgate ao local do desastre.
Ebrahim Raisi, o oitavo presidente do Irã, era conhecido por sua antiga posição como chefe do Judiciário linha-dura. Sua eleição em 2021, após uma disputa presidencial historicamente pouco competitiva, marcou seu mandato com uma intensificação da repressão à dissidência, segundo observadores de direitos humanos.
O próximo na linha de sucessão, sujeito à aprovação do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, seria o primeiro vice-presidente Mohammad Mokhber. O líder supremo do Irã, que exerce poderes amplos sobre os assuntos internos e externos, tem papel crucial na definição do destino político do país.
Diferentemente de seu antecessor, o ex-presidente moderado Hassan Rouhani, Raisi construiu uma aliança estreita com Khamenei, levando muitos iranianos a especularem que ele poderia ser o sucessor do aiatolá, de 85 anos.
O acidente ocorreu nas proximidades da vila de Tavil, na província iraniana do Azerbaijão Oriental. Pelo menos 73 equipes de resgate estão atualmente na área, conforme declarou Pir-Hossein Kolivand, chefe do Crescente Vermelho Iraniano. Kolivand disse que “a situação não é boa”, de acordo com a agência de notícias estatal iraniana IRNA.