O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) criticou duramente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nesta segunda-feira (18), chamando-o de “psicopata” em postagem no X. O congressista compartilhou uma entrevista de Moraes ao jornal norte-americano Washington Post e afirmou que o magistrado “desafia Trump”.
“Em nossos planos, há dois preceitos muito claros: – Lula vai continuar falando bobagem; – Moraes sempre vai redobrar a aposta, porque ele é um psicopata”, escreveu Eduardo.
O comentário ocorre após Moraes declarar ao jornal que não cederá à pressão do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O republicano chamou as decisões do ministro sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de “caça às bruxas”.
“Não existe a menor possibilidade de recuar um milímetro sequer. Faremos o que é certo: receberemos a acusação, analisaremos as provas. E quem tiver de ser condenado, será condenado. E quem tiver de ser absolvido, será absolvido”, disse Moraes.
O ministro também afirmou que o Brasil havia sido infectado pela “doença” da autocracia e que seu trabalho era aplicar a “vacina”. “Enquanto houver necessidade”, afirmou, as investigações conduzidas no STF vão continuar.
A reportagem do Washington Post consultou amigos e colegas de Moraes, que em maioria defenderam sua atuação. Entre os críticos, o ex-ministro Marco Aurélio Mello, aposentado em 2021, disse estar “entristecido” com a “deterioração” da Corte. Moraes respondeu: “Não há como recuarmos do que devemos fazer. Digo isso com total tranquilidade”.
Eduardo Bolsonaro intensificou as críticas ao ministro. O deputado, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, declarado inelegível por oito anos em decisão relatada por Moraes em 2023, já chamou o magistrado de “gangster de toga” e atua nos Estados Unidos em defesa de sanções contra autoridades brasileiras.
Moraes, ao comentar sobre Eduardo Bolsonaro, mencionou a criação de “falsas narrativas”. “Essas falsas narrativas acabaram envenenando a relação – falsas narrativas apoiadas por desinformação difundida por essas pessoas nas redes sociais. Então, o que precisamos fazer, e o que o Brasil está fazendo: é esclarecer as coisas”, disse o ministro.