O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nesta segunda-feira (1º/9), que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) “nunca se abriu para o público politicamente” através de um mandato, dando a entender que uma eventual escolha por ela para ser a candidata do partido nas eleições presidenciais de 2026 não seja aprovada pelo parlamentar.
“O PL, ao que parece, quer direcionar uma candidatura para o Tarcísio [de Freitas] ou para alguma outra pessoa que não sejam os filhos do Bolsonaro. Na minha visão, isso é um atropelo da opinião pública. Com todo o respeito, ela [Michelle] nunca se abriu para o público politicamente com um mandato”, disse em entrevista ao canal Claudio Dantas.
A prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) faz com que ganhe força uma possível candidatura de Michelle à Presidência da República.
Segundo Eduardo, há um indicação dentro do partido para que as pesquisas eleitoras para o pleito de 2026 desconsiderem os nomes dele e do irmão, o senador Flávio Bolsonaro (PL).
“Então querem tirar eu, querem tirar o Flávio. É o que eu falo, querem tirar qualquer pessoa que tenha uma identificação maior com esse discurso anti establishment, ou com um discurso que vá adiante com as bandeiras do Bolsonaro. Querem enterrar com o movimento do Bolsonaro”, declarou.
Questionado sobre se reconhecer como uma liderança capaz de suceder o pai, Eduardo confirmou: “Pelo respaldo popular que eu tenho, eu acredito que sim. A minha ideia não é ser candidato no ano que vem, eu só o farei em caso de necessidade”.
A respeito de uma possível saída do Partido Liberal, o deputado disse que seu desejo não é esse, mas que uma mudança é possível.
“O meu desejo não é sair do PL. O meu desejo é que o PL se consolide como um partido verdadeiramente conversador, de direita, e porque não dizer, bolsonarista, porque são as bandeiras levantadas pelo Jair Bolsonaro. Mas, a conjectura futura, vamos ter que aguardar as cenas dos próximos capítulos”.
Fonte: Metrópoles