Eduardo Bolsonaro diz ter atuado para poupar setor produtivo do tarifaço de Trump

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou, nesta quinta-feira (31), que teve participação direta nas negociações que resultaram na exclusão de setores estratégicos brasileiros das novas tarifas impostas pelos Estados Unidos. A declaração foi feita por meio das redes sociais, um dia após o ex-presidente Donald Trump assinar a ordem executiva que oficializa o aumento de tarifas sobre produtos brasileiros.

Segundo Eduardo, enquanto “muitos jogaram gasolina na fogueira com declarações inflamadas” e outros apostaram em “visitas e negociações atrapalhadas”, ele trabalhou de forma silenciosa nas últimas semanas para minimizar os impactos do chamado tarifaço sobre o setor produtivo nacional.

“Trabalhamos diretamente nas últimas semanas para que as medidas fossem ainda melhor direcionadas, atingindo o alvo correto e poupando ao máximo possível o povo brasileiro e o setor produtivo”, escreveu o parlamentar.

A ordem assinada por Trump na quarta-feira (30) determina uma tarifa adicional de 40% sobre uma série de produtos brasileiros, somando-se aos 10% já existentes. A nova taxa entra em vigor na próxima quarta-feira (6). A medida integra a “Ordem Executiva sobre a Imposição de Sanções a Pessoas que Minam a Democracia no Brasil”, que, segundo Eduardo Bolsonaro, tem caráter político e jurídico, e não comercial.

“A publicação da ordem […] deixa claro que o objetivo dessas medidas não é comercial, mas sim político e jurídico: punir os responsáveis pela destruição do Estado de Direito no país e preservar valores democráticos fundamentais”, afirmou.

Entre os produtos brasileiros que foram poupados do aumento de tarifas estão fertilizantes, suco de laranja, combustíveis, petróleo, minério de ferro, madeira, produtos de energia e itens ligados à aviação comercial. Em contrapartida, commodities como carne bovina, café e cacau serão afetadas, passando a ser taxadas em 50%.

Eduardo atribuiu a exclusão desses setores das novas tarifas ao seu esforço pessoal. “A exclusão de setores estratégicos […] foi fruto do nosso trabalho nas últimas semanas”, disse.


Eis a íntegra  da nota:

“Embora sempre tenhamos priorizado uma ação mais direta contra Alexandre de Moraes e seus apoiadores, verdadeiros responsáveis pela escalada autoritária no Brasil, entendemos que as tarifas anunciadas há algumas semanas pelo presidente Donald Trump foram uma resposta legítima às agressões do regime brasileiro contra interesses e cidadãos americanos. A publicação hoje da ordem intitulada Ordem Executiva sobre a Imposição de Sanções a Pessoas que Minam a Democracia no Brasil deixa claro que o objetivo dessas medidas não é comercial, mas sim político e jurídico: punir os responsáveis pela destruição do Estado de Direito no país e preservar valores democráticos fundamentais, como afirma expressamente o texto.

Enquanto muitos jogaram gasolina na fogueira com declarações inflamadas e outros optavam por visitas e negociações atrapalhadas, trabalhamos diretamente nas últimas semanas para que as medidas fossem ainda melhor direcionadas, atingindo o alvo correto e poupando ao máximo possível o povo brasileiro e o setor produtivo. O resultado foi a recente cassação de vistos de diversas autoridades, a aplicação da Lei Magnitsky exclusivamente contra Alexandre de Moraes hoje e, em contrapartida, a exclusão de setores estratégicos – como fertilizantes, energia, aviação, madeira, suco de laranja e outros produtos do agronegócio – das tarifas comerciais. Esperamos que as autoridades brasileiras compreendam a gravidade do momento e pensem bem nos seus próximos passos. A insistência na repressão política levará a um isolamento crescente, com efeitos duradouros sobre a economia e as relações internacionais do Brasil.”

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