O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) cobrou agilidade do governo dos Estados Unidos. Ele quer mais rapidez na adoção de sanções contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Sem isso, acredita, eventuais punições ao magistrado perderão força política. Ele entende assim ser fundamental acelerar o processo, principalmente em um momento considerado decisivo pelo entorno do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
A declaração ocorreu durante entrevista ao podcast War Room. O conteúdo tem o comando de Steve Bannon, ex-estrategista do presidente norte-americano, Donald Trump. Ele apoia a família Bolsonaro. A conversa ganhou publicidade poucas horas depois de Trump declarar sua defesa ao ex-presidente brasileiro. Do mesmo modo, ele criticou o STF pela perseguição política ao líder de direita.
Eduardo defendeu que o governo norte-americano insira Alexandre de Moraes na lista de sanções da Office of Foreign Assets Control (Ofac). O órgão tem ligação com o Departamento do Tesouro dos EUA. Ele é responsável por aplicar restrições financeiras a indivíduos que violam princípios democráticos. Este seria o caso de Moraes. A inclusão de nomes nessa lista resulta dessa forma em bloqueios de ativos e sobretudo restrições severas para transações com empresas norte-americanas.
“As sanções Ofac são o remédio certo contra esse vírus que é a perseguição política”, afirmou o deputado. Ele, no entanto, ponderou principalmente que o efeito político da medida depende da velocidade da adoção: “Se demorarem, o regime vai se consolidar. E, aí, aplicar sanções não surtirá efeito algum”.
Durante a entrevista, Bannon endossou a crítica. Os dois destacaram assim que o atual momento político brasileiro ainda permitiria um impacto real das punições. Observaram que a situação difere do que ocorre, segundo eles, em países como a Venezuela. “No Brasil, ainda estamos em tempo de conter as agressões contra os opositores”, disse Eduardo Bolsonaro.
Eduardo Bolsonaro pressiona Trump por sanções contra Moraes
