Eleição primária na Argentina teve abstenção recorde de 30%

A votação nas eleições primárias na Argentina, realizada no domingo (13.ago.2023), teve uma abstenção recorde de 30,38%. Segundo dados oficiais da Direção Nacional Eleitoral, atualizados até às 5h27 desta 2ª feira (14.ago), a participação dos eleitores argentinos foi de 69,62% apesar do voto ser obrigatório no país.

O percentual deste ano é o mais baixo desde que as primárias argentinas, chamadas de Paso (Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias), foram estabelecidas em 2009. O recorde de adesão foi em 2011, quando 78,66% dos aptos a votar foram às urnas. Em 2015, a participação ficou em 74,91%. Já em 2019, foi de 76,40%.

Na Paso, todos os eleitores de 18 a 70 anos devem votar. Ela é realizada com o objetivo de retirar das eleições gerais os candidatos que receberem menos de 1,5% do total de votos.

Além disso, um partido ou coalizão pode apresentar mais de um candidato para concorrer às primárias –neste caso, apenas o mais bem colocado disputa o pleito geral que decidirá o novo presidente do país, além do vice-presidente, deputados e senadores. O 1º turno das eleições gerais argentina está marcado para 22 de outubro.


RESULTADOS



Javier Milei, da coalizão La Libertad Avanza –que reúne 4 partidos da direita argentina– foi o candidato com maior percentual de votos nas primárias de domingo (13.ago). Com 97,06% das urnas apuradas até às 11h04 desta 2ª feira (14.ago), ele tinha 30,04% dos votos.

Milei ficou na frente em 18 das 23 províncias do país. No entanto, ele não ganhou na Grande Buenos Aires, área metropolitana da capital argentina.

Na região, o atual ministro da Economia e candidato pelo partido Unión por la Patria, Sergio Massa, saiu na frente. Recebeu 27,65% dos votos –1,91% a mais que Milei, que ficou com 25,74%. O ministro também liderou em 5 províncias argentinas: Catamarca, Santiago del Estero, Chaco, Formosa e Entre Ríos.

Em toda a Argentina, Massa foi o 2º candidato com o maior percentual de votos nas prévias do país. Ficou com 21,4%. Em seguida aparecem os candidatos de centro-direita Patricia Bullrich e Horacio Larreta, com 16,98% e 11,29% respectivamente. Ambos são da coligação Juntos por el Cambio.

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