Em reunião com países sul-americanos, Lula volta a defender moeda única

No evento realizado com a presença de 11 líderes sul-americanos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu a integração da região e ressaltou a importância da Unasul. Lula declarou que os interesses que unem os países são mais relevantes que possíveis divergências ideológicas. Essa declaração foi vista como uma resposta às críticas que surgiram acerca da reativação do órgão estar relacionada a uma tendência política à esquerda na região.

Petista defendeu a ideia de que as nações adotem estratégias para “aprofundar a identidade sul-americana também na área monetária, mediante mecanismo de compensação mais eficiente e a criação de uma unidade de referência comum para o comércio, reduzindo a dependência de moedas extrarregionais”.

“Permitir que as divergências se imponham teria um custo elevado, além de desperdiçar o muito que já construímos conjuntamente”, disse Lula. Na linha de discursos anteriores, também propôs a criação de uma “unidade de referência comum para o comércio”, para tentar reduzir a dependência do dólar.

O presidente brasileiro apresentou nove sugestões para impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região sul-americana. Entre elas, destaca-se a proposta de utilizar a poupança regional com a colaboração de bancos de desenvolvimento, tais como a CAF, o Fonplata, o Banco do Sul e o BNDES.

Outras sugestões apresentadas pelo presidente Lula são a implementação de iniciativas de convergência regulatória, que buscam simplificar os trâmites e eliminar as burocracias nos processos de exportação e importação de bens. Além disso, ele propôs ampliar os mecanismos de cooperação por meio de serviços, investimentos, comércio eletrônico e medidas de política de concorrência de última geração.


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