Enquanto Lula ataca, outros países entram em acordo com os EUA

Às vésperas da entrada em vigor das tarifas que os Estados Unidos anunciaram, diversos países já conseguiram fechar acordos bilaterais para proteger suas exportações. O governo Lula da Silva, contudo, permanece em posição de isolamento. Da mesma forma, segue como alvo da tributação mais severa — 50% sobre seus produtos, punição com forte carga política.

Enquanto o presidente brasileiro mantém uma retórica agressiva contra os EUA e evita interlocução direta com Trump, outras nações adotam uma abordagem pragmática. O Reino Unido, por exemplo, firmou acordo em 8 de maio em que aceita uma tarifa de apenas 10%, em troca da abertura de mercado a produtos norte-americanos.

Lula vai na contramão de aliados



A China, tradicional rival dos EUA e aliada do governo petista, negociou em 12 de maio uma redução mútua de tarifas em 115 pontos porcentuais, com retomada de negociações marcada para esta segunda-feira, 28. O Vietnã assinou pacto em 2 de julho em que aceita tarifa de 20%, além de abrir seu mercado a produtos dos EUA com isenção total. No dia 15, foi a vez da Indonésia, que conseguiu reduzir a tarifa de 32% para 19% e zerar tarifas em 99% de seu comércio com os norte-americanos.

Já em 22 de julho, Filipinas e Japão fecharam acordos. Os filipinos aceitaram taxa de 19% e se comprometeram a abrir seu mercado. O Japão, além da tarifa recíproca de 15%, prometeu investir US$ 550 bilhões nos EUA e liberar importações de veículos, arroz e produtos agrícolas.

O acordo mais recente ocorreu neste domingo, 27, com a União Europeia. O bloco aceitou tarifa de 15% sobre seus produtos e, em troca, se comprometeu a comprar energia e armamentos dos EUA, além de investir US$ 600 bilhões em território norte-americano.

Enquanto isso, o Brasil segue sem avanço nas tratativas. O vice-presidente Geraldo Alckmin, encarregado das negociações, ainda não obteve resultados. Neste domingo, Trump reafirmou que manterá a tarifa de 50% contra o Brasil, sem prorrogação do prazo. A insistência do governo Lula em manter uma posição ideológica, sem articulação diplomática eficaz, está isolando o país e ameaçando setores da economia brasileira.

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