Entenda o Projeto de Lei ‘Véio da Havan’ apresentado por Guilherme Boulos

O deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP) protocolou, na última terça-feira (4), na Câmara dos Deputados, um projeto de lei que visa penalizar empresas que financiem tentativas de golpe de Estado.

O projeto prevê que empresas envolvidas em tais atividades fiquem proibidas de participar de licitações e celebrar contratos com a administração pública por um período de até 20 anos. As condutas especificadas no projeto incluem o financiamento, organização, realização ou participação em manifestações contra a democracia e a ordem constitucional, além da promoção e incitação de mensagens golpistas e o fornecimento de suporte logístico ou material.

Boulos disse que o projeto leva o nome de Luciano Hang, empresário conhecido como “Véio da Havan”, após ser citado em uma delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O Véio da Havan é um exemplo didático e cristalino desse perfil que queremos combater. Ele foi citado na delação de Mauro Cid como um dos empresários que pediram para Bolsonaro virar a mesa após a vitória de Lula nas eleições de 2022, além de estar sendo investigado por participar de um grupo golpista no WhatsApp. Suas lojas também foram pontos de concentração de golpistas. Isso é inaceitável”, afirmou Boulos.

Boulos já iniciou a coleta de assinaturas em um abaixo-assinado para aumentar a pressão popular pela aprovação do projeto.

Em resposta, Luciano Hang criticou o projeto, classificando-o como “um absurdo” e repleto de falsas acusações. “A população enxerga a integridade das pessoas, e o próprio histórico do deputado demonstra isso — afinal, não foi eleito prefeito de São Paulo. Me causa espanto que alguém com essa mentalidade ocupe um cargo de deputado federal”, disse o empresário.

Hang ainda afirmou que nunca participou de licitações públicas e defendeu seu direito à liberdade de expressão. “O Véio da Havan também tem o direito e a liberdade de expressar suas opiniões, o que parece incomodar quem, como Boulos, está acostumado a pensar mal dos outros. No fim das contas, as pessoas projetam nos outros aquilo que carregam dentro de si”.


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