O deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou que o voto do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux na ação do suposto golpe de Estado apresenta “dezenas de contradições” e está “100% alinhado com o que pediu a defesa do inelegível”, termo usado pela parlamentar para se referir pejorativamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apesar de relatar ter enxergado “dezenas” de incoerências no posicionamento do magistrado, a congressista apontou apenas dois fatores que considera contraditórios:
– De repente, um ministro que votou em todas as condenações da tentativa de golpe de Estado agora alega que o STF e a Primeiro Turma sequer podem julgar este caso. No mínimo curioso. Também fica parecendo que Jair Bolsonaro não tem nada a ver com as ações e falas de Jair Bolsonaro, como se o golpista investigado e o réu fossem duas pessoas diferentes que sequer se conhecem – escreveu.
O ministro Luiz Fux revela, nesta quarta-feira (10), seu parecer sobre a suposta participação do chamado núcleo 1 do suposto golpe de Estado.
Até o momento de publicação desta matéria, o magistrado fez conhecido seu entendimento de que o STF tem “incompetência absoluta” para julgar o caso, que houve “cerceamento de defesa” em razão do pouco tempo hábil para analisar um “tsunami de dados”, que a Corte precisa adotar distanciamento de paixões políticas e que ele rejeita a ideia de que os réus teriam formado uma organização criminosa.