Os Estados Unidos cancelaram o visto da mulher e da filha, de 10 anos, do ministro da Saúde, Alexandre de Padilha (PT). As duas estão atualmente no Brasil. A informação foi confirmada por comunicados enviados pelo Consulado Geral dos EUA em São Paulo nesta sexta-feira (15).
Segundo os documentos, as notificações indicam que “surgiram informações de que o senhor pode estar inelegível para o visto”, em referência à esposa e à filha de Padilha. A medida impede a entrada delas nos Estados Unidos; caso já estejam em solo americano, o visto é revogado assim que deixarem o país.
Um dos comunicados detalha: “Caso esteja atualmente fora dos Estados Unidos, a revogação do visto tem efeito imediato e o (a) senhor (a) não poderá viajar com o seu visto americano atual. Se estiver fisicamente presente nos Estados Unidos, a revogação do visto entrará em vigor imediatamente após a sua partida. Caso tenha intenção de viajar para os Estados Unidos, o (a) senhor (a) deverá solicitar um novo visto”.
O cancelamento ocorre dois dias após o Departamento de Estado revogar vistos de ex-funcionários e autoridades brasileiras que atuaram no programa Mais Médicos, criado em 2013 durante o governo Dilma Rousseff, quando Padilha era ministro da Saúde. Entre os afetados estão Mozart Júlio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde, e Alberto Kleiman, coordenador-geral para COP30 da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA).
A decisão do governo americano foi justificada pelo papel que esses profissionais desempenharam no planejamento e implementação do Mais Médicos, incluindo a contratação de médicos cubanos. Padilha já está sem visto americano desde 2024, quando o documento dele venceu.
O Ministério da Saúde ainda não se manifestou sobre o cancelamento dos vistos da família do ministro.
EUA cancela visto da mulher e da filha de ministro Alexandre Padilha
