O comandante do Exército Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva pode ser o novo alvo das sanções que o governo Donald Trump vem aplicando ao Brasil nos últimos meses.
Segundo informações da coluna de Paulo Cappelli, do portal Metrópoles, os Estados Unidos passaram a discutir a possibilidade de revogar o visto do militar. Na visão do governo norte-americano, o general teria sido indicado ao posto por Alexandre de Moraes e garantiria respaldo da cúpula militar a decisões do ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).
O Departamento de Estado dos Estados Unidos mapeou um histórico de reuniões de Alexandre de Moraes com o general Tomás. A tese levantada pela Casa Branca é que determinações do magistrado, inclusive alvejando militares, foram definidas após alinhamento prévio com o comandante do Exército Brasileiro.
A ofensiva norte-americana contra o general brasileiro teria o condão de elevar a novo patamar a tensão diplomática entre os governos Lula e Trump, com potencial de impactar parcerias militares atualmente em curso.
A perda do visto do general Tomás é discutida no âmbito de novo pacote de sanções, que inclui também integrantes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal.
Procurado, o comandante do Exército Brasileiro preferiu não se manifestar. Generais próximos a Tomás avaliaram que uma ofensiva norte-americana contra o militar seria um “tiro no pé” e romperia canais de diálogo.
Um integrante do governo Trump ouvido pela coluna considerou ser improvável que novas sanções alterem a postura do presidente Lula e de ministros do STF, mas destacou que, ainda assim, mais punições serão aplicadas.