EUA libera entrada de Padilha na Assembleia da ONU, mas restringe circulação

O governo dos Estados Unidos (EUA), autorizou a entrada do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para participar da Assembleia-Geral da ONU, mas impôs restrições à sua circulação em Nova York.

De acordo com integrantes do governo americano ao jornal Folha de S. Paulo, Padilha e familiares que o acompanharem só poderão se deslocar em um raio de cinco blocos a partir do hotel onde estarão hospedados. Também estarão autorizados apenas os trajetos entre o hotel, o distrito da ONU, a missão diplomática brasileira junto à organização e a residência oficial do representante do Brasil. O Itamaraty deverá ser formalmente comunicado da determinação nos próximos dias.

Embora um tratado internacional de 1947 estabeleça que os Estados Unidos não podem restringir o trânsito de representantes oficiais no distrito da ONU, Washington mantém precedentes de limitações semelhantes a autoridades de países sancionados, como Irã, Venezuela e Coreia do Norte.

O episódio ocorre em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e EUA após o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro. No mês passado, Trump revogou o visto de Padilha, de sua esposa e de sua filha, justificando a medida pela participação do ministro na criação do programa Mais Médicos durante o governo Dilma Rousseff. Na ocasião, Padilha não foi diretamente afetado, pois seu visto já havia expirado em 2024, mas ficou impedido de obter nova autorização.


Em 19 de agosto, o governo Lula solicitou um visto especial para que o ministro pudesse cumprir agendas internacionais. A primeira será em 29 de setembro, na reunião da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), em Washington. Na semana seguinte, Padilha deve participar de uma reunião de alto nível sobre doenças crônicas durante a Assembleia-Geral da ONU, em Nova York.


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