A Embaixada dos Estados Unidos no Brasil se pronunciou para desmentir que esteja promovendo a construção de uma megaestrutura subterrânea de 9 andares em sua sede, localizada em Brasília.
Em nota oficial, a assessoria de imprensa da embaixada esclareceu que o novo edifício em construção contará com apenas um andar abaixo do nível da rua, e não nove, como ventilado em postagens nas redes sociais
A representação diplomática norte-americana afirmou que a confusão parece ter surgido de uma interpretação equivocada sobre a fundação do edifício.
De acordo com a embaixada, as estacas que sustentam o prédio possuem profundidades de até 30 metros para garantir a segurança e estabilidade da estrutura, em conformidade com as normas de construção dos Estados Unidos.
“A nova instalação respeita as características da paisagem de Brasília, e a modernização tem o objetivo de expandir a capacidade de atendimento, com aumento de 40% na capacidade de entrevistas de vistos”, explicou a assessoria da representação diplomática.
Ainda segundo a embaixada, o projeto da nova estrutura está cumprindo todos os processos de aprovação e licenciamento necessários.
“Desde o anúncio do projeto, em 2015, o governo norte-americano tem trabalhado em estreita colaboração com o Distrito Federal e o Ministério das Relações Exteriores para obter as aprovações e licenças necessárias para o projeto”, diz trecho da nota.
Pedido de explicações à embaixada dos EUA
A divulgação da história dos 9 andares subterrâneos levou o deputado Filipe Barros (PL-PR), líder da oposição na Câmara, a questionar formalmente a embaixada norte-americana, conforme noticiou o colunista do Metrópoles Igor Gadelha.
O parlamentar protocolou um pedido de esclarecimento na última quinta-feira (31/10) e afirmou que a obra levanta preocupações sobre a soberania nacional.
“Por se tratar de questão de soberania nacional, estou protocolando um pedido de esclarecimento para a embaixada americana explicar ao povo brasileiro o porquê da necessidade de uma estrutura tão grande com 9 andares subterrâneos”, afirmou Barros.