A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta sexta-feira (12) a Operação Transparência, destinada a investigar suspeitas de desvio e uso irregular de recursos provenientes de emendas parlamentares. A ofensiva, autorizada pelo ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), cumpre dois mandados de busca e apreensão em Brasília.
Um dos alvos da ação é Mariângela Fialek, atualmente lotada na liderança do PP. Ela já atuou como assessora do deputado Arthur Lira (PP-AL), mas, segundo a PF, o parlamentar não é investigado. Policiais estiveram em endereços funcionais utilizados pela servidora dentro do Congresso e também em sua residência, onde apreenderam um telefone celular.
Um dos ambientes revistados fica em uma sala vinculada administrativamente à Presidência da Câmara. O espaço, segundo relatos internos, passou a ser usado por Mariângela em 2022, ainda na gestão de Lira, e era onde ela tratava de demandas relacionadas ao fluxo de emendas.
Até o último balanço da operação, a defesa da servidora não havia se manifestado. A assessoria do deputado Arthur Lira declarou que Mariângela não integra mais seu gabinete. Com cargo de natureza especial, ela recebe remuneração bruta de R$ 23,7 mil.
A investigação apura indícios de irregularidades na liberação de verbas milionárias de emendas de comissão. Entre os crimes sob apuração estão peculato, falsidade ideológica, uso de documentos falsos e corrupção.