Na última quarta-feira (30/11), a Justiça do Rio de Janeiro condenou o ex-diretor da área internacional da Petrobras, Jorge Zelada, a 9 anos e 5 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. De acordo com o Ministério Público Federal as irregularidades envolvem a construção da plataforma P50 da estatal.
O MPF alega que Zelada recebeu US$ 3,3 milhões em formato de propina para ajudar um estaleiro, o Jurong, de Cingapura, a conseguir, no ano de 2006, um aditivo de contrato de US$ 67,5 milhões para que a petrolífera brasileira convertesse um navio na plataforma P50.
Zelada teria elaborado um relatório justificando a necessidade desse aditivo de contrato. O ex-diretor da área internacional da estatal recebeu a propina em uma conta bancária na Suíça, segundo as investigações. Ele também chegou a ser preso em 2015, na 15ª fase da Lava Jato, mas foi solto em 2019.
Segundo o MPF, ainda que o suborno recebido por Zelada foi pago por duas pessoas, Júlio Faermann e Luís Eduardo Campos Barbosa da Silva, que seriam representantes do estaleiro no Brasil. Os dois fizeram um acordo de colaboração premiada. Júlio foi condenado a 2 anos e 9 meses de prisão e Luís Eduardo a 8 anos e 3 meses por corrupção ativa e lavagem de dinheiro. Mas, as duas penas foram substituídas por 2 anos de prisão em regime aberto.