Ex-líder sírio, Bashar al-Assad é alvo de envenenamento na Rússia

O ex-ditador da Síria, Bashar al-Assad, de 60 anos, foi alvo de uma tentativa de assassinato por envenenamento em Moscou, na Rússia, país onde recebeu asilo político após a queda de seu governo. As informações foram divulgadas pelo Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).

Conforme o relatório, Assad foi levado às pressas para um hospital, em junho nos arredores da capital russa, após apresentar sinais da intoxicação. Ele teria ficado internado em estado crítico desde então, e recebido alta médica somente nesta segunda-feira (29). Seu quadro de saúde atual é considerado estável.


No período em que Assad esteve internado, apenas seu irmão, Maher al-Assad, e o ex-secretário-geral de Assuntos Presidenciais, Mansour Azzam, receberam autorização para visitá-lo. Guardado por um forte esquema de segurança, o ex-ditador não é visto em público desde sua chegada à Rússia.

A suspeita, de acordo com o observatório, é de que a operação para envenenar al-Assad tinha como objetivo “envergonhar o governo russo e acusá-lo de ser cúmplice de sua morte”. O Kremlin, contudo, não chegou a se pronunciar sobre o caso.

Bashar al-Assad foi deposto em dezembro do ano passado, após insurgentes liderados pelo grupo Hayat Tahrir al-Sham (HTS) tomarem Damasco. Atualmente, o país é governado pelo presidente interino Ahmed al-Sharaa, que discursou na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) no último dia 24, se tornando o primeiro chefe de Estado sírio a ter a palavra na tribuna desde 1967.


– Por longos anos, sofremos injustiça, privação e opressão. Então, nos erguemos para reivindicar nossa dignidade. Esta conquista síria única e a solidariedade entre nossos povos nos levaram a tentar erradicar o sectarismo e a lutar contra as tentativas de dividir nosso país, mais uma vez – declarou Sharaa, na ONU.

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