O Exército e a Polícia Civil do Rio negociaram com traficantes de drogas do Comando Vermelho (CV) a devolução de 10 das 21 metralhadoras furtadas de um quartel em São Paulo (SP).
A informação consta em depoimento de um policial em um documento da Secretaria de Estado de Polícia Civil fluminense.
O agente não informa o que teria sido oferecido em troca. De acordo com fontes consultadas pelo portal g1, o acordo previa que militares e policiais não entrariam na comunidade onde a facção criminosa atua se devolvesse as armas em troca.
A nova informação sobre a negociação das armas com membros da facção criminosa fluminense foi publicada inicialmente nesta segunda-feira (11) pelo Metrópoles. TV Globo e g1 também tiveram acesso ao documento.
No documento, um investigador da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro relata no seu depoimento como ocorreu o acordo.
O Comando Militar do Sudeste (CMSE), que investiga o desvio do armamento do Arsenal de Guerra São Paulo (AGSP), em Barueri, na Grande São Paulo, divulgou nota negando que tal negociação entre o Exército com criminosos ocorreu.
De acordo com as investigações, as 21 metralhadoras (13 metralhadoras antiaéreas calibre .50 e oito metralhadoras calibre 7,62) foram furtadas em meados de setembro deste ano.
O desvio, considerado o maior Exército brasileiro desde 2009, de acordo com o Instituto Sou da Paz, só foi descoberto mais de 1 mês depois, em outubro, durante recontagem das armas no AGSP, em Barueri.
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