O senador Flávio Bolsonaro (PL-SP) defendeu o irmão Jair Renan após ele ser alvo de investigação por lavagem de dinheiro.
A operação foi deflagrada no âmbito de uma investigação contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal. Segundo Flávio, não faz sentido investigar Jair Renan porque ele “não tem onde cair morto”. O filho mais velho do ex-presidente Jair Bolsonaro complementou que “tem investigador procurando pelo em ovo”.
“Pelo que eu conheço do Renan, ele não tem a menor capacidade de fazer isso, ele está trabalhando. Uma pessoa que não tem onde cair morta e está sendo investigada por lavagem de dinheiro. Não faz muito sentido isso, né? Eu espero que este critério seja usado para todos. Tem investigadores procurando pelo em ovo, mesmo sem ter nada, independente do sobrenome. Tomara que isso vire uma praxe agora. Ao que parece, é mais uma vez uma desenfreada em cima de Bolsonaro e todo seu entorno”, afirmou Flávio Bolsonaro.
Segundo a Polícia Civil, “a investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, ‘testa de ferro’ ou ‘laranja’, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas ‘fantasmas’, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas”, afirmou a corporação. A operação tem como alvo principal o ex-instrutor de tiro de Jair Renan, Maciel Carvalho. Ele foi preso em janeiro após ser alvo de outras duas operações.
O advogado de Jair Renan, Admar Gonzaga, esclareceu em nota à imprensa que o filho do ex-presidente não foi conduzido para prestar depoimento e que o cliente está “tranquilo” com o ocorrido. “Ocorreu, na data de hoje, cumprimento de mandado de busca e apreensão na residência de Jair Renan em Balneário Camboriú (SC), onde foram apreendidos: um aparelho celular, um HD e papéis com anotações particulares. Não houve condução de Renan para depoimento ou qualquer outra medida. A defesa informa que foi recém-constituída, e que por isso não obteve acesso aos autos da investigação ou informações sobre os fundamentos da decisão.”
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