A Comissão de Segurança Pública do Senado, presidida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), realizou uma audiência pública com Eduardo Tagliaferro (à esquerda na imagem), ex-assessor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, nesta terça-feira (2/9). A sessão se deu simultaneamente ao julgamento contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por suposta tentativa de Golpe.
Tagliaferro depõe, de forma remota, ao colegiado sobre supostos excessos e ordens ilegais de Moraes quando era presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022, durante as eleições gerais. O evento foi dominado por integrates do bolsonarismo, como Magno Malta (PL-ES) e Eduardo Girão (Novo-CE).
Ao abrir a sessão, Flávio, filho de Bolsonaro, criticou o julgamento que se inicia no STF. Disse que o caso é uma “farsa” e disse que Moraes, que é relator da ação penal “não tem sanidade mental para ser ministro do Supremo”.
Na primeira metade da sessão do julgamento desta terça, Moraes leu o relatório sobre o processo depois de defender a atuação do Supremo. Afirmou que o Brasil e suas instiuições foram “firmes” e impediram “inúmeros retrocessos”. Também declarou que a Corte não aceitará coações.
“Existindo provas, acima de qualquer dúvida razoável, as ações penais serão julgadas procedentes e os réus condenados. Havendo prova da inocência ou mesmo qualquer dúvida razoável sobre a culpabilidade dos réus, os réus serão absolvidos. Assim se faz a justiça. Esse é o papel do Supremo Tribunal Federal, julgar com imparcialidade e aplicar a justiça a cada um dos casos concretos. Repentemente de ameaças ou coações, ignorando pressões internas ou externas. Lamentavelmente, no curso”.
