Durante uma aula magna no curso de Direito do Centro Universitário UNDB, em São Luís, na última sexta-feira (9), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino mencionou o nome do vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT), como possível candidato ao governo do estado nas eleições de 2026. Dino ainda sugeriu uma companheira de chapa: a professora Teresa Helena Barros.
“É um prazer te ver, Felipe. Em nome dessa amizade, quero te dar uma sugestão: coloque a Teresa como vice-governadora, que essa chapa vai ficar imbatível, porque essa mulher é popular”, declarou o ministro, sob aplausos da plateia.
Dino, no entanto, ponderou sobre um possível obstáculo legal à ideia: “Acho que só há um empecilho. Ela não tem a idade constitucional ainda para exercer esses cargos. Tem que ter mais de 21 anos.”
O ministro também destacou a recepção calorosa dos presentes aos nomes mencionados: “Quando vocês aplaudiram, eu disse: ‘Camarão é ele. Ele é o cara’. E quando vocês aplaudiram mais a Teresa, pronto.”
A fala de Flávio Dino repercutiu entre aliados e opositores. O atual governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB), ex-aliado do ministro, criticou a declaração. “Esse não é momento de disputa política. É momento de governar, de cuidar do nosso povo e de transformar o Maranhão. E é isso que a nossa gestão tem feito: transformar vidas no social e no econômico. Nosso foco é trabalho. Nosso compromisso é com o povo. Aqui se arregaçam as mangas e se entrega resultado. Disputa política não é o nosso caminho, transformar vidas é”, afirmou Brandão ao jornal O Globo.
Já o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) usou as redes sociais para atacar Dino, classificando-o como “juiz de palanque”. Em vídeo publicado no X (antigo Twitter), o parlamentar escreveu: “Flávio Dino sugere vice para chapa eleitoral no Maranhão durante evento em que falava sobre ‘STF e a harmonia entre os poderes’. Juiz de palanque.”
