Flávio Dino usa caso de Charlie Kirk para criticar anistia

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, citou o assassinato do ativista norte-americano Charlie Kirk para defender a punição de criminosos e criticar a ideia de que a anistia e o perdão trariam paz ao país. A fala foi feita durante a sessão da Corte nesta quinta-feira (11).

“Ontem, infelizmente, houve um grave crime político: um jovem, que ocupa uma posição política aparentemente ao lado do atual presidente dos EUA —mas isso pouco importa— levou um tiro”, disse. O magistrado comentou a ideia defendida por alguns políticos de que anistia e perdão seriam os melhores caminhos para pacificar o país.

“É curioso notar uma ideia segundo a qual anistia e perdão seriam iguais à paz. Mas nos Estados Unidos houve perdão, e não há paz. O que define a paz que devemos buscar não é a existência do esquecimento. Às vezes, a paz se obtém pelo funcionamento adequado das instâncias repressivas do Estado”, defendeu Dino.

A fala do ministro é uma resposta indireta a declarações de políticos da oposição. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já escreveu nas redes sociais que “a história já mostrou que a anistia e o perdão são os melhores remédios para pacificar o país”. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), afirmou que seu primeiro ato na Presidência seria “assinar uma anistia geral para promover a pacificação do país”.

O ativista Charlie Kirk, de 31 anos, era um aliado do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele morreu na última quarta-feira (10) após ser baleado no pescoço enquanto participava de um evento na Universidade do Vale de Utah. O disparo partiu de um prédio a cerca de 200 metros de distância. A polícia informou que o suspeito chegou a ser detido, mas foi liberado após interrogatório.


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