O furacão Melissa tocou terra no leste de Cuba na manhã desta quarta-feira (29), após ter atingido Jamaica como um ciclone de Categoria 5, com ventos de até 295 km/h, o mais forte registrado na história meteorológica da ilha. O Centro Nacional de Furacões dos EUA classificou Melissa como “extremamente perigoso” enquanto avançava sobre a província de Santiago de Cuba.
Na cidade de Chivirico, a tempestade de Categoria 3 chegou por volta das 3h10 com ventos sustentados de 120 mph (aproximadamente 193 km/h) e movimento de 10 mph (16 km/h). A expectativa é que o furacão atravesse a ilha em cerca de cinco horas, seguindo em direção às Bahamas.
Segundo a previsão, a maré de tempestade na costa sul deve alcançar entre 2,5 e 3,6 metros acima do nível normal, com chuvas de 25 a 50 cm.
Até o momento, o furacão Melissa deixou 10 mortos no Caribe: três em Jamaica, três em Haiti, três em Panamá e um na República Dominicana.
Para conter os efeitos do furacão em Cuba, as autoridades evacuaram 735 mil pessoas nas províncias orientais e declararam estado de alerta em seis regiões. A concessionária elétrica desligou o fornecimento de energia nas províncias de Granma, Santiago de Cuba e Guantánamo. Em Santiago de Cuba, foram registradas casas destruídas, inundações e 17 pessoas isoladas em El Cobre devido à elevação de rios e deslizamentos de terra. O presidente Miguel Díaz-Canel alertou que será “uma noite muito difícil” para o país.
Em Jamaica, o governo declarou zona de desastre após os danos provocados pelo furacão, que superou a força do Katrina e foi considerado pela Organização Meteorológica Mundial como “a tempestade do século” para a ilha. A ONU anunciou o envio de 2 mil kits de emergência para a Jamaica, que sairão de Barbados.
O furacão deve manter força de categoria de furacão enquanto atravessa Cuba e segue para Bahamas e Bermudas na quinta-feira.