Em entrevista ao grupo de comunicação BBC, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes afirmou principalmente achar graça no termo “Gilmarpalooza”. A imprensa usa a definição para se referir ao Fórum Jurídico de Lisboa, evento do qual ele é sócio-fundador.
“É engraçado. É, a rigor, um case de sucesso”, disse o ministro. Ele completou que “falar mal do fórum para nós é ótimo”, reforçando que a repercussão crítica eleva sobretudo a visibilidade do evento.
Gilmar Mendes e o patrocínio da Globo
O encontro é uma iniciativa do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), empresa, aliás, fundada por Mendes. O fórum reúne autoridades políticas, ministros, empresários e magistrados. Mendes afirmou que a medida não tem o objetivo de captar fundos. “Se fosse esse o objetivo, e se quisesse ter patrocínio, obviamente nós teríamos patrocínio da Globo”.
Um dos pontos levantados por críticos do “Gilmarpalooza” é a falta de transparência financeira, especialmente porque vários participantes – inclusive empresários – têm processos no STF. Mendes argumentou que despesas como passagens e hospedagem são arcadas pelos próprios organizadores ou pelos convidados.
Quanto à participação de figuras polêmicas ou com litígios em curso na Corte, o ministro afirmou que não enxerga conflito. Na avaliação dele, reprovar a presença de empresários ou executivos por conta de ações no Supremo seria ingênuo.