Gilmar Mendes reage à fala de Tarcísio e diz que Brasil não tem “ditadura da toga”

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rebateu as críticas feitas à Corte durante os atos Reaja, Brasil realizados neste domingo (7) e disse que não existe no Brasil “ditadura da toga” nem ministros “agindo como tiranos”. O magistrado também criticou a possibilidade de anistia aos acusados pela suposta trama de golpe de Estado e disse que não cabe perdão aos crimes contra a democracia.

– O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam – disse o decano da Corte, em mensagem publicada em sua rede social.


Apesar de não citar nominalmente o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Gilmar rebateu as declarações feitas por ele na tarde deste domingo (7), na qual o gestor disse que “ninguém aguenta mais a tirania de um ministro como Moraes”.

– No Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento. Não há no Brasil “ditadura da toga”, tampouco ministros agindo como tiranos. O STF tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais – afirmou Mendes.

Em uma postura que poderia ser vista como política, o ministro prosseguiu ainda citando fatos que ele chamou de “perigos do autoritarismo”, nos quais incluiu “milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes”.


– Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República – completou.

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