Gleisi e Alckmin usaram aviões de empresa envolvida no caso PCC

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), e a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT), já utilizaram os serviços da Táxi Aéreo Piracicaba (TAP), empresa apontada em investigação da Polícia Federal na operação Carbono Oculto, que apura o transporte de foragidos ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC). A informação foi divulgada pelo site Poder 360 nesta quinta-feira (18).


De acordo com os registros, os voos foram contratados por Alckmin e o PSB em outubro de 2022, com pagamento de R$ 50 mil para trajeto que incluiu São Paulo (SP), Alfenas (MG), Lavras (MG) e retorno à capital paulista. Já o PT e Gleisi Hoffmann fretaram a mesma empresa em maio de 2023, pagando R$ 108.708 para voos entre Pampulha (MG), Teófilo Otoni (MG), Montes Claros (MG) e Brasília (DF).

Segundo a Polícia Federal, o piloto Mauro Caputti Mattosinho afirmou que a TAP teria sido usada para transportar foragidos apontados como líderes de esquemas de lavagem de dinheiro ligados ao PCC, incluindo Mohamad Hussein Mourad, o “Primo”, e Roberto Augusto Leme da Silva, o “Beto Louco”. O piloto também mencionou que o presidente nacional do União Brasil, Antonio de Rueda, seria o real dono de alguns aviões, embora os registros estejam em nome de terceiros ou fundos de investimento. Nenhuma prova concreta foi apresentada para sustentar a alegação sobre Rueda.

 Não há, no entanto, nenhum indício de ilegalidade na contratação por parte de Alckmin e Gleisi.

O caso ocorre em meio a movimentações internas do União Brasil, que estabeleceu prazo de 24 horas para que filiados nomeados para cargos no governo deixem os postos, sob pena de ato de infidelidade partidária. A decisão foi anunciada nesta quinta-feira (18) pelo presidente nacional do partido, Antônio Rueda, atualmente com filiado Celso Sabino na chefia do Ministério do Turismo.


Em nota, o União Brasil disse manifestar “irrestrita solidariedade” a Rueda e criticou a divulgação das informações como um possível uso político do caso para desgastar o partido. A corporação ressaltou que Rueda ainda não é formalmente investigado pela Polícia Federal

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