Nesta terça-feira (11/10), o STJ afastou Paulo Dantas do cargo de governador de Alagoas. Ele é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal que investiga um suposto esquema de rachadinha na Assembleia Legislativa do estado.
O emedebista virou governador em maio, para um mandato tampão, após Renan Filho deixar o cargo para disputar uma vaga ao Senado.
Dantas está no segundo turno da eleição para governador de Alagoas. Ele recebeu 46,64% dos votos válidos, enquanto seu adversário, Rodrigo Cunha (União), teve 26,74%.
O emedebista é apoiado apoiado pelo ex-presidiário Lula e pela família de Renan Calheiros.
A operação, batizada de Edema, apura supostos desvios de recursos públicos desde 2019. Segundo as investigações, foram desviados R$ 54 milhões da Assembleia Legislativa e os principais beneficiários eram o governador e sua esposa, a prefeita da cidade de Batalha, Marina Thereza Dantas. A irmã de Paulo Dantas também está entre as investigadas.
De acordo com a PF, parte do valor desviado foi utilizado para pagamentos de despesas pessoais, pagamento de advogados, transferências a familiares e compra de bens.
Na decisão, o STJ afastou Dantas do cargo por 180 dias e ainda determinou que ele e os demais investigados, que não tiveram os nome divulgados, não mantenham contato entre si e não frequentem os órgãos públicos envolvidos na apuração.
