O governo Lula busca um empréstimo de R$ 20 bilhões do Banco do Brasil, da Caixa e de instituições privadas aos Correios. A operação deve ter garantias da União e estar condicionada a medidas para sanear a gestão da estatal para recompor as perdas dos últimos três exercícios e dos dois primeiros trimestres deste ano – o prejuízo foi de R$ 2,6 bilhões de abril a junho.
A direção dos Correios não se manifestou a respeito do assunto.
Esses recursos provenientes de crédito serviriam para viabilizar medidas, como um programa de demissões voluntárias e o cumprimento de dívidas junto a fornecedores, além de investimentos com vistas ao ganho de eficiência.
Em setembro, o novo presidente da estatal, Emmanoel Schmidt Rondon, um funcionário de carreira do Banco do Brasil, assumiu o cargo no lugar de Fabiano da Silva. A gestão anterior se queixava de medidas do Ministério da Fazenda, como a chamada “taxa das blusinhas”, que fechou o cerco contra a importação de produtos de pequenos valores sem pagamento de tributos.
A dificuldade financeira dos Correios gerou cobranças por parte de fornecedores, que na Justiça recorreram de pagamentos em atraso. Há ainda compromissos já assumidos com bancos privados, entre os quais o BTG Pactual, um dos possíveis credores nesse novo socorro articulado pelo Palácio do Planalto.