Governo Lula discute mudança no mandato do presidente do Banco Central

Em meio a um debate intenso sobre a taxa de juros, o Governo Lula está analisando alterações no mandato do presidente do Banco Central (BC). Desde que conquistou independência operacional em 2021, o Banco Central tem um mandato fixado em 4 anos, não coincidente com o mandato presidencial, permitindo a possibilidade de reeleição.

O atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, nomeado por Jair Bolsonaro, completará seu mandato em dezembro deste ano, durante o segundo ano da administração de Luiz Inácio Lula da Silva.

Para evitar que um presidente fique com um executivo indicado pela administração anterior por dois anos, está sendo discutida a redução do mandato de quatro para dois anos, de acordo com a CNN Brasil.

Essa mudança, que permitiria uma possível recondução, seria semelhante aos mandatos de presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados e do procurador-geral da República.

Segundo integrantes do Governo Lula, essa proposta garantiria maior alinhamento político, já que um presidente poderia substituir o presidente do Banco Central no meio do mandato caso seu desempenho não fosse satisfatório.

No entanto, críticos da autonomia operacional do Banco Central argumentam que essa mudança pode comprometer a estabilidade durante transições de governo.

Uma segunda alternativa em discussão é manter o mandato de quatro anos, mas reduzir o período de transição de dois para um ano. A ministra do Planejamento, Simone Tebet, mencionou essa possibilidade na segunda-feira (1º), após uma audiência no Senado Federal.


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