O Ministério das Relações Exteriores do governo Lula (PT) decretou um sigilo de cinco anos para documentos sobre os irmãos Joesley e Wesley Batista e a ditadura de Nicolás Maduro.
Em dezembro de 2024, o jornal O Globo pediu acesso aos telegramas, despachos telegráficos e circulares do Itamaraty com a Embaixada do Brasil em Caracas, capital da Venezuela.
Os arquivos são sobre os irmãos Batista, ao grupo J&F, à JBS e à Âmbar Energia. Entre os temas tratados está o relato de uma visita ao então ministro de Petróleo e presidente da PDVSA, Pedro Tellechea, que teria acontecido em 27 de fevereiro do ano passado. O Termo de Classificação da Informação não esclarece quem participou da audiência nem os assuntos tratados.
A J&F tem interesses na Venezuela e tem feito reuniões com autoridades de Maduro. Em 2023, o grupo dos irmãos Batista comprou a petroleira Fluxus. Depois disso, Joesley e Wesley começaram a procurar campos de petróleo na Venezuela e no Peru.
O sigilo das comunicações diplomáticas sobre os irmãos Batista e a Venezuela foi determinado pela embaixadora do Brasil em Caracas, Glivânia Maria de Oliveira. As informações são da Oeste e do jornal O Globo.
