O ativista climática Greta Thunberg e outros 35 membros do grupo Extinction Rebellion foram multados em 150 euros (R$ 933) e proibidos de entrar em Veneza, na Itália, por 48 horas após tingirem com corante verde o Grande Canal da cidade. A ação teve como objetivo protestar contra a falta de resultados por parte da COP30 em relação à transição energética.
Além de despejar corante na água, Greta e seus colegas estenderam uma grande faixa com a frase “Parem o Ecocídio” na famosa Ponte Rialto. Um grupo de manifestantes com véus vemelhos circularam pela ponte lentamente, a fim de representar a dor do planeta.
O governador de Vêneto, Luca Zaia, afirmou tratar-se de um “ato desrespeitoso para a cidade, sua história e sua fragilidade”, alertando ainda que o corante pode trazer danos ao meio ambiente.
Os ativistas, por outro lado, afirmaram que o material usado para tingir a água era fluoresceína, um tipo de sal de sódio que, de acordo com eles, é “completamente inofensivo” e usado para monitorar o fluxo de água em rios.
Ações semelhantes a de Veneza ocorreram em outras cidades italianas: Gênova, Pádua, Turim, Bolonha, Milão, Parma, Trieste, Palermo e Taranto. O objetivo foi protestar contra a postura italiana nas negociações da COP.
A falta de resoluções concretas na COP30 que permitam uma transição energética e o abandono gradual de combustíveis fósseis frustrou ecologistas de todo o mundo. A cúpula foi marcada por tensão envolvendo o tema, e por fim prevaleceu a resistência de países petrolíferos, como nações do Golfo Pérsico, e potências como China e Índia. As medidas, portanto, ficaram limitadas à tentativa de mitigação danos e consequências das mudanças climáticas, sem tratar diretamente as causas.