A ativista sueca Greta Thunberg deixou Israel nesta terça-feira (10) após concordar em ser deportada após autoridades do Estado judeu terem interceptado o navio Madleen, da Flotilha da Liberdade, no qual ela viajava para a Faixa de Gaza, segundo confirmou o Ministério das Relações Exteriores israelense.
– Greta Thunberg acaba de decolar de Israel em um voo para a Suécia (via França) – anunciou o Ministério das Relações Exteriores de Israel em um comunicado na manhã desta terça.
Nas redes sociais, a pasta de Exteriores israelense publicou duas fotos da ativista a bordo de um avião no Aeroporto Internacional Ben Gurion.
Thunberg é uma das quatro ativistas que concordaram em ser deportadas por Israel. Outros oito se recusaram a assinar os documentos para serem expulsos por Israel e comparecerão perante o Tribunal de Revisão de Detenções por Imigração para que se decida sobre sua saída do país.
Os quatro ativistas que concordaram em retornar aos seus países já chegaram aos seus destinos ou estão a caminho, segundo anunciou a Adalah, organização de assistência jurídica palestina em Israel, cujos advogados integram a equipe jurídica da Flotilha.
– Os oito restantes permanecem detidos e contestarão sua deportação perante um tribunal israelense. Espera-se que esses detidos sejam apresentados ao Tribunal de Revisão de Detenções por Imigração esta manhã – afirmou a Adalah em um comunicado.
A organização afirmou que seus advogados estão indo para a prisão de Givon, em Ramla, para representá-los nas audiências.
A Flotilha da Liberdade estava a caminho da Faixa de Gaza sob o argumento de levar ajuda humanitária, com o objetivo de romper o bloqueio imposto por Israel para acesso ao enclave. No entanto, autoridades israelenses interceptaram o navio Madleen na manhã desta segunda.