Greve na CPTM: ferroviários farão assembleia nesta terça-feira

Os ferroviários de São Paulo devem se reunir em assembleia na noite desta terça-feira (25/3) na sede do sindicato, no Brás, na região central da cidade, para discutir a organização da greve das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), marcada para iniciar à meia-noite desta quarta-feira (26).


A assembleia que aprovou a greve foi realizada pelo Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil na última quinta (20). Também foi aprovada a formação de uma comissão de negociação e a realização de um ato público na manhã desta terça na porta da Bolsa de Valores (B3) de São Paulo, a partir das 9h. É lá que, na sexta-feira (28), o governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) pretende fazer o leilão das concessões das linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade.

Cerca de 830 mil passageiros devem ser afetados por dia nas linhas que atendem, juntas, 30 estações. De acordo com dados da CPTM, a linha 11-Coral transportou em 2024, em média, 540 mil passageiros por dia útil em 2024; a linha 12-Safira, 260 mil, e a linha 13-Jade, 30 mil.

As linhas 11, 12 e 13 ligam a região central da capital à zona leste e a cidades como Mogi das Cruzes, Suzano e Guarulhos.

O programa de privatizações é uma das apostas de Tarcísio como vitrine de sua gestão – no caso da CPTM, é um desafio antigo aproximar o serviço da qualidade do metrô. No entanto, o governador enfrentará como obstáculos a oposição de sindicatos, da esquerda e também o histórico de outras linhas privatizadas na CPTM.

O governo fala em diminuir os intervalos das linhas para a partir de três minutos, similar ao do metrô. Além disso, promete a construção de oito noivas estações e a reforma de 24 já existentes, entre outras mudanças. O investimento previsto é de R$ 14,3 bilhões ao longo de 25 anos.

Os ferroviários argumentam que a proposta do governo deverá transformar o resto da CPTM na experiência das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Ambas foram concedidas à ViaMobilidade – no fim de 2023, o Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo (MPSP) homologou o acordo firmado com a concessionária, que prevê o pagamento de R$ 786 milhões pelas falhas ocorridas desde o início da concessão.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

x