Nesta segunda-feira, 20, o presidente Lula escolheu o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-SP) para ser ministro da Secretaria-Geral da Presidência.
Responsável pela articulação com movimentos sociais, a pasta vinha sendo comandada por Márcio Macêdo. “Márcio, a ministra Gleisi Hoffmann (Secretaria de Relações Institucionais) e os ministro Rui Costa (Casa Civil) e Sidônio Palmeira (Secretaria de Comunicação Social) participaram do encontro com o presidente”, informou o Planalto. “A nomeação de Boulos sairá publicada no Diário Oficial de amanhã.”
Boulos foi líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto, ajuntamento conhecido por invasões que atua sobretudo na capital paulista.
O anúncio da troca de bastão era esperado desde o começo deste ano.
Escolha de Guilherme Boulos desagrada ala do PT

De acordo com um interlocutor ouvido por Oeste, a decisão “passa a imagem de que é um governo do mais do mesmo”, sobretudo depois da nomeação de Gleisi Hoffmann para as Relações Institucionais.
Para os críticos, Boulos não agrega politicamente e, na prática, a movimentação serviu mais para atender aos interesses do próprio aliado que os do partido.
“Ele se tornou candidato uma vez, duas, entrou e saiu do mesmo tamanho”, observou a fonte. “Não cresce, tampouco se viabiliza para o Senado. Ainda admite nos bastidores que não tem perfil para o Parlamento.”