O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (22) que o rombo primário das contas públicas em 2023, sem contar o pagamento de precatórios, ficará em torno de R$ 130 bilhões. Isso equivale a 1,3% do PIB (Produto Interno Bruto), que mede o tamanho da economia de um país. No início deste ano, ele declarou que seria possível alcançar “um déficit menor de 1% do PIB”.
Vale mencionar que, na prática, o rombo primário deve ser ainda maior. Isso porque, na quarta-feira (20), o governo Lula implementou uma medida provisória que abre crédito de R$ 93,1 bilhões para pagar esses precatórios (dívidas do governo com a população), o que está fora do cálculo apresentado por Haddad.
A nova estimativa do ministro do governo Lula foi anunciada em café da manhã com jornalistas. No encontro, ele também prometeu divulgar novas medidas, sem entrar em detalhes, na próxima semana, para tentar cumprir a meta de zerar a dívida de 2024.
“É importante a Fazenda continuar perseguindo a meta de equilíbrio fiscal, que é o que nós faremos no ano que vem, à luz dos acontecimentos. Vamos avaliar a situação e vamos buscar essa meta”, disse Haddad.
Vale lembrar que as regras fiscais, propostas e articuladas pela gestão petista, prometiam déficit de 0,5% neste ano e de 0% em 2024. Para 2025 e 2026, haverá saldos positivo respectivamente de 0,5% e 1%.
Até o momento, ninguém no governo fala em corte de gastos. Em 2023, a atual administração propôs e/ou trabalhou pela aprovação de pelo menos oito medidas que expandiam os tributos no Brasil.
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