Em encontro nesta terça-feira (8) na residência do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), representantes do Legislativo e do Executivo voltaram a discutir o imbróglio envolvendo o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Na ocasião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu que não poupará esforços para convencer o STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a constitucionalidade da medida.
Motta, por sua vez, deixou claro que o aumento de impostos – seja mediante à elevação de alíquotas, seja pela criação de novas taxas – dificilmente será aprovado no Congresso. O líder legislativo recomendou que o governo Lula (PT) busque maneiras de cortar gastos. As informações são do Poder360.
– Foi uma reunião para retomar o diálogo. Não adiantamos nada. Amanhã vou relatar aos líderes um pouco dessa disposição de conversar e dizer que estamos à disposição para ter um diálogo e que sabemos das dificuldades do governo para arrecadar. Mas estamos sempre mais propensos a ir pelo caminho de corte de despesas, e não para o aumento de impostos – declarou.
Além de Haddad e Motta, estavam presentes na reunião o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP); a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann (PT-PR); o ministro da AGU (Advocacia Geral da União), Jorge Messias; e os líderes do governo no Congresso, Senado e Câmara, Randolfe Rodrigues (PT-AP), Jaques Wagner (PT-BA) e José Guimarães (PT-CE), respectivamente.
Na ocasião, os líderes do Executivo negaram que apoiem a onda de críticas ao Parlamento em meio aos seus apoiadores. No entanto, na cúpula do Poder Legislativo há a compreensão de que o Planalto e o Partido dos Trabalhadores (PT) liberaram sua militância para continuar com a campanha contra o Congresso.
O resultado do encontro não foi conclusivo, e o impasse segue de pé. Nesta quarta, Motta e Alcolumbre conversarão com os líderes partidários para relatar como foi o encontro.
No momento, as ações das duas esferas de Poder envolvendo o IOF estão suspensas por decisão do ministro do STF, Alexandre de Moraes. O magistrado marcou uma audiência de conciliação sobre o caso para o próximo dia 15.