O grupo terrorista Hamas realizou execuções públicas em massa na Faixa de Gaza nesta segunda-feira (13), apenas algumas horas após assinar um tratado de paz com Israel, segundo vídeos que circulam nas redes sociais e foram verificados por veículos internacionais. As imagens mostram oito homens espancados e vendados, ajoelhados em uma rua antes de serem executados a tiros por militantes do Hamas, diante de uma multidão que aplaudia.

Homens armados e mascarados do Hamas executaram oito pessoas em uma rua movimentada na Cidade de Gaza apenas um dia após um cessar-fogo entrar em vigor.
De acordo com o grupo, as vítimas seriam “criminosos e colaboradores de Israel”, embora nenhuma prova tenha sido apresentada, informou a BBC.
Entre os mortos está Ahmad Zidan al-Tarabin, acusado de recrutar agentes para uma milícia rival não alinhada ao Hamas, segundo o portal israelense Ynet News.
Após a retirada das tropas israelenses da Faixa de Gaza, o grupo terrorista Hamas tenta reafirmar seu controle sobre o território, voltando-se contra os chamados “clãs” — grupos armados familiares que ganharam força durante o conflito.
As represálias começaram antes mesmo da assinatura do acordo de paz. No domingo (12), 52 membros do poderoso clã Dagmoush foram mortos em confrontos com forças de segurança interna do Hamas, segundo relatos locais. Doze militantes do próprio grupo, incluindo o filho de Bassem Naim, alto funcionário do Hamas, também morreram.
Fontes em Gaza informaram que militantes do Hamas usaram ambulâncias para invadir o bairro controlado pelo clã, acusado de colaboração com Israel.
“É um massacre. Eles estão arrastando pessoas, crianças estão gritando e morrendo, estão queimando nossas casas. O que fizemos de errado?”, relatou a filha de um membro do clã ao Ynet News.
Mais cedo, na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sugeriu que teria autorizado o Hamas a administrar a segurança interna em Gaza “como bem entender”, como parte do acordo de paz que previa o retorno dos reféns israelenses ainda vivos.
“Eles [Hamas] querem encerrar os problemas, e têm sido francos sobre isso. Nós lhes demos aprovação por um período de tempo”, afirmou Trump a um repórter a bordo do Air Force One.
“São quase 2 milhões de pessoas voltando para prédios que foram demolidos, e muitas coisas ruins podem acontecer. Queremos que tudo ocorra com segurança. Acho que vai ficar bem. Mas quem pode saber com certeza?”, acrescentou.
Segundo o plano de paz de Trump, o grupo terrorista Hamas deveria entregar suas armas e ceder o controle político de Gaza, algo que a organização se recusa a fazer até o momento.
Fonte: Gazeta Brasil