No último domingo (11), o grupo terrorista Hezbollah lançou diversos foguetes em direção ao norte de Israel, em meio à crescente tensão na região, especialmente após o assassinato de um líder importante do grupo terrorista Hamas no mês passado.
As forças israelenses permanecem em alerta máximo, temendo possíveis represálias do Irã e seus aliados.
Desde o início do conflito em Gaza, ataques com foguetes contra Israel, realizados por terroristas do Hezbollah no sul do Líbano, têm se tornado quase diários. Esse aumento nos ataques reflete a preocupação crescente de que o Irã possa desencadear um conflito regional mais amplo.
Em um comunicado, o Hezbollah afirmou que o lançamento mais recente de foguetes foi uma retaliação aos ataques israelenses no sul do Líbano e um gesto de apoio ao povo palestino em Gaza.
Isso ocorreu logo após a Agência Nacional de Notícias do Líbano relatar que um ataque israelense na cidade de Ma’aroub, no sul do país, deixou 12 feridos, incluindo seis crianças.
As Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmaram que cerca de 30 foguetes foram lançados do Líbano, mas muitos caíram em áreas desabitadas, sem causar feridos.
No domingo anterior, as FDI afirmaram que, apesar da possibilidade de uma resposta militar iraniana ao assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em 31 de julho, as instruções ao público não haviam mudado.
O porta-voz das FDI, contra-almirante Daniel Hagari, destacou que as forças israelenses estão em alta prontidão, monitorando atentamente os movimentos do Irã e do Hezbollah, e estão prontas para agir se necessário.
Enquanto isso, mediadores continuam tentando negociar um cessar-fogo entre Israel e o Hamas, em um esforço para evitar a escalada do conflito para uma guerra regional.
A inteligência israelense acredita que as forças iranianas poderiam estar planejando um ataque iminente, possivelmente antes das negociações sobre o acordo de reféns, previstas para 15 de agosto.
O Irã ainda não tomou uma decisão final, mas os preparativos militares continuam, sugerindo um possível ataque em grande escala.
Em resposta à ameaça crescente, o secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, ordenou o envio de um submarino com mísseis guiados para o Oriente Médio e acelerou a chegada de um grupo de ataque de porta-aviões à região, conforme informou o Pentágono.
Essa decisão foi tomada após uma conversa entre Austin e o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, que teria alertado sobre os preparativos iranianos.
Com a iminência de um possível ataque iraniano e do Hezbollah, líderes dos EUA, Catar e Egito anunciaram a apresentação de uma “proposta final” para um cessar-fogo e a libertação de reféns em Gaza.
O gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, confirmou a participação de uma delegação israelense nas negociações.
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