Hugo Motta demite duas funcionárias suspeitas de serem fantasmas

Depois de denúncias veiculadas pelo jornal Folha de S.Paulo sobre funcionários fantasmas, duas servidoras do gabinete do presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), tiveram suas exonerações encaminhadas, nesta terça-feira, 15.


As suspeitas recaíram sobre Gabriela Pagidis, que recebia R$ 11,4 mil, e Monique Magno, com remuneração de R$ 1,7 mil. Ambas trabalhavam de forma remota. De acordo com a publicação, as funções desempenhadas por Gabriela, fisioterapeuta, e Monique, assistente social de uma prefeitura na Paraíba, seriam incompatíveis com as exigências do Legislativo.

Mesmo dispensadas da marcação de ponto por atuarem à distância, as duas estavam contratadas como secretárias parlamentares, com carga horária de 40 horas semanais e impedidas de ocupar outro cargo público.

Reação de Motta e formalização das demissões

Fachada do Congresso Nacional
A fachada do Congresso Nacional, a sede das duas Casas do Poder Legislativo do Brasil, em Brasília | Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

Em nota, Hugo Motta ressaltou que “preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações dos funcionários de seu gabinete, incluindo os que atuam de forma remota e são dispensados do ponto dentro das regras estabelecidas pela Câmara”.

Além das exonerações, a reportagem do jornal Folha de S.Paulo citou ainda o caso de uma estudante de medicina, também envolvida na investigação. Questionada, Monique Magno declarou que cumpre “horários certinhos” e ainda acumula os cuidados de uma criança, “sendo mãe solo”.


Já Gabriela Pagidis explicou que sua função envolve “cuidar da agenda, mais voltada para a organização”, e que, atualmente, “está mais na mão da presidência [da Câmara]”. “Mas eu trabalho com isso: agenda, eventos”, disse.

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