O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), declarou nesta quarta-feira (19) que, nos últimos 40 anos, que marcam o fim do regime militar e a volta dos civis ao poder no Brasil, o país não teve “perseguições políticas” e nem “presos ou exilados políticos”. A declaração ocorreu durante uma sessão solene em homenagem justamente aos 40 anos da chamada redemocratização.
– Nos últimos quarenta anos, não vivemos mais as mazelas do período em que o Brasil não era democrático. Não tivemos jornais censurados, nem vozes caladas à força. Não tivemos perseguições políticas, nem presos ou exilados políticos. Não tivemos crimes de opinião ou usurpação de garantias constitucionais. Não mais, nunca mais – disse.
Em seu discurso, o presidente da Casa disse ainda que “vivemos em uma nação onde a liberdade de votar e ser votado é um direito assegurado, onde a expressão de ideias e pensamentos é livre, e onde o poder emana do povo”. Motta disse também que as últimas quatro décadas foram de um país “que decidiu caminhar de cabeça erguida sob o sol luminoso da democracia”.
– A liberdade de que hoje desfrutam os mais de 200 milhões de habitantes do nosso país é resultado da ação destemida dos brasileiros que foram às ruas em defesa das Diretas Já e também do empenho incondicional de personagens fundamentais da nossa história – afirmou.
Ao falar sobre esses personagens, o deputado lembrou de Tancredo Neves, Ulysses Guimarães e José Sarney. Sobre este último, Motta o chamou de “um brasileiro ilustre que ocupa lugar de destaque na redemocratização e que merece todo o nosso respeito e reconhecimento” e também disse que ele é “um homem cuja trajetória se confunde com os alicerces da Nova República”.
– Um líder que, com sabedoria e determinação inabaláveis, soube conduzir o Brasil pelo delicado caminho da transição, garantindo que a esperança de uma nação inteira não fosse apenas um sonho, mas uma realidade palpável e livre de retrocessos – completou o presidente da Câmara sobre Sarney.