Durante a realização do 16º Congresso Nacional do PSB, neste domingo, 1º, em Brasília, o presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB), foi alvo de manifestações contrárias à anistia. O público presente entoou gritos de “sem anistia” ao seu subir ao palco.
Motta lidera uma proposta alternativa de perdão aos presos e investigados envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, nas sedes dos Três Poderes. A versão mais branda do texto foi encaminhada recentemente ao ex-presidente Jair Bolsonaro para avaliação.
Discussões sobre a proposta de Motta
Bolsonaro planeja discutir essa proposta com os deputados Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Luciano Zucco (PL-RS). O tema é central para aliados do ex-presidente. Apesar de o pedido de urgência já ter atingido o número de assinaturas necessárias, Motta não incluiu o tema na pauta do plenário, a fim de evitar conflitos com o governo federal.
De modo geral, a pauta tem apoio de setores da direita, principalmente aos aliados de Bolsonaro. Por outro lado, a base do governo de Luiz Inácio Lula da Silva e integrantes da esquerda do Congresso Nacional são contrários à medida.
Apesar de parlamentares governistas demonstrarem disposição para suavizar penas dos envolvidos nos atos do 8 de janeiro, eles se opõem a propostas que reduzam condenações dos supostos articuladores. Esta segunda opção seria potencialmente favorável a Bolsonaro.
No evento, Motta também elogiou o prefeito do Recife, João Campos, que assumiu a presidência nacional do PSB. “João, a sua chegada à presidência do PSB traz para nós não só a renovação da esperança da boa política, mas também a história que você carrega sobre seus ombros e o legado que você precisa defender desde o seu bisavô”, afirmou Hugo Motta.
