O delegado responsável pelo caso Hytalo Santos, Fernando Davi, afirmou que o influenciador e seu companheiro, Israel Natan Vicente, planejavam fugir antes de serem presos em Carapicuíba, São Paulo. De acordo com ele, ambos pareciam já ter a consciência de que teriam mandados de prisão expedidos contra eles.
– Estavam escondidos aqui no estado de São Paulo. A suspeita é que eles estavam sim tentando se evadir e já sabiam que seria expedido o mandado de prisão. O mandado de prisão foi expedido na madrugada de ontem, na verdade. Então parece que eles já tinham essa noção – declarou o titular da 3ª Delegacia de Investigações sobre Estelionato e Crimes Contra a Fé Pública (DIG) do Departamento de Investigações Criminais (Deic) de SP.
Hytalo e Israel são suspeitos de cometerem tráfico humano e exploração sexual infantil. Os supostos crimes ganharam repercussão nacional após serem denunciados pelo youtuber Felca sobre a adultização de menores.
O advogado Felipe Cassimiro, que representa os dois suspeitos, refutou a ideia de que seus clientes estavam tentando escapar.
– Eles já se encontravam em São Paulo bem antes do início de toda essa trama que vem sendo amplamente divulgada, e a gente tem provas nesse sentido. Os delegados disseram que eles vieram ontem para cá, não procede. A gente está lidando com influenciadores digitais de grande porte, pessoas que têm compromissos em vários estados, sobretudo em São Paulo. Ele está há mais de um mês aqui. Mas depois que sobreveio a questão do bloqueio das mídias, ficou difícil trabalhar, na verdade, impossível – assinalou.
Ainda segundo o delegado Fernando Davi, Hytalo e Israel não demonstraram resistência no momento da prisão. Eles estavam com quatro celulares cada, e todos os aparelhos foram apreendidos para passar por perícia.
– Agora é um procedimento de captura de procurado. Eles vão passar pelo exame de corpo de delito no IML, depois por uma audiência de custódia e depois vão entrar no sistema prisional comum, porque é prisão preventiva. Aí, fica a cargo da Justiça da Paraíba se comunicar com a Justiça de São Paulo sobre o encaminhamento dos presos – acrescentou Fernando Davi, segundo informações do jornal O Globo.