A reunião de líderes da Câmara dos Deputados, realizada nesta quinta-feira (13), não foi suficiente para alcançar um consenso sobre a distribuição das presidências das comissões da Casa. O PL segue com a prioridade de comandar a Comissão de Relações Exteriores, com a indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL) para o cargo, mas ainda enfrenta resistência, principalmente por parte do PT.
A divisão das comissões, inicialmente prevista para ser definida no encontro, foi adiada para a próxima terça-feira (18), após uma reunião que se concentrou na pauta de votações. O PL, por ser o maior partido da Câmara, tem a prerrogativa de escolher primeiro a comissão que deseja presidir, e a comissão de Relações Exteriores foi escolhida como prioridade. A legenda também mantém a indicação de Eduardo Bolsonaro para o posto, enquanto a segunda escolha fica com a Comissão de Segurança Pública.
No entanto, o PT continua se opondo à escolha do deputado para a Comissão de Relações Exteriores. O líder do partido, Lindbergh Farias (RJ), reiterou sua oposição, apontando que a presença de Eduardo Bolsonaro na presidência do colegiado poderia prejudicar a imagem do Brasil no cenário internacional, especialmente em um período de julgamento envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro. “É um grande erro”, afirmou Farias, destacando a postura do deputado como um fator negativo para o parlamento.
Por outro lado, o PL mantém firme sua estratégia de indicação e busca apoio de outros partidos para garantir a eleição de Eduardo Bolsonaro para o cargo. Nos bastidores, membros da legenda afirmam que a escolha já recebeu o aval de alguns aliados, apesar das controvérsias envolvendo o nome do deputado.
Impasse adia definição de comissões da Câmara para a próxima semana
