Nesta sexta-feira (18), a imprensa internacional repercutiu a operação da Polícia Federal (PF) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro. No rol das novas medidas restritivas impostas contra ele pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), estão até o impedimento de comunicação com o próprio filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que atualmente mora nos Estados Unidos.
Bolsonaro também está proibido de utilizar suas redes sociais, ferramenta responsável por alavancar o nome do líder conservador e que, segundo ele mesmo, foi fundamental para decidir a eleição presidencial de 2018.
Entre outras restrições impostas ao ex-presidente estão a obrigatoriedade da permanência em casa entre 19h e 6h da manhã durante a semana e integralmente aos fins de semana, feriados e dias de folga, a proibição de contato com embaixadores e diplomatas estrangeiros, e também a vedação de comunicação com outros réus e investigados pelo Supremo.
A PF realizou uma operação com o cumprimento de mandados judiciais contra Bolsonaro. As ordens estariam cumpridas na residência do ex-presidente e em endereços vinculados ao Partido Liberal (PL), legenda à qual o líder da direita é filiado.
Veículos de fora do país repercutiram a notícia. O jornal americano The New York Times apontou que Bolsonaro está obrigado a usar tornozeleira eletrônica, “o que aumenta a rivalidade do Brasil com” o presidente dos EUA, Donald Trump.
O Wall Street Journal também deu destaque para a ordem de usar a tornozeleira e da proibição de falar com autoridades estrangeiras.
Outro jornal americano, The Washington Post, citou o uso da tornozeleira eletrônica.
A tornozeleira também foi destaque no britânico The Guardian, que no subtítulo disse que o “veredicto de culpado é amplamente esperado para o ex-presidente do Brasil acusado de conspiração para tomar o poder após perder a eleição de 2022”.
O espanhol El País disse que a Justiça Brasileira colocou a tornozeleira em Bolsonaro por “risco de fuga”.
O argentino La Nación destacou o toque de recolher, tornozeleira eletrônica e proibição de redes sociais, ressaltando ainda que a casa de Bolsonaro foi invadida e novas restrições impostas.